Os Serpent Rise são uma banda brasileira com uma história muito peculiar! Formados em 1993 na região de Rio Grande do Sul por Agnaldo Gomes vocalista e mentor do projecto (tb em Arcanum XIII e Nuctemeron) e que hoje se mantém como único membro fundador, lançariam a demo 'Anastenárides' em 1994 seguida 1 ano depois por 'Travellin´Free' uma demo de 2 faixas de um excelente Doom/Death Metal! Em 1998 saíria o tão famigerado albúm de estreia com o nome, 'Gathered By...', mas é então que se dá um acontecimento estranho e a banda desaparece de circulação até 2008 altura em que edita o single, 'Euphoric Waves of Melancholy'! Entretanto durante esses anos passaram vários elementos pela banda tais como, Sérgio Alves, Igor Goulart, Luis Gustavo e Diogo nas guitarras, Marcello no baixo, Ider nas teclas e Julio, Daniel Lopes e Gilian Balestrin na bateria, sendo hoje os Serpent Rise constituidos pelo seguinte line-up:
Agnaldo Gomes - Vocals/Maurício Silveira - Guitarra/José Neto - Baixo/Silvio Werlang - Teclas
A entrevista que se segue foi efectuada por mim ao Agnaldo Gomes cerca de Agosto/Setembro de 2008!
MH- Hail Agnaldo, como vão as coisas contigo e com os Serpent Rise?
(Agnaldo) – Saudações à todos! Por aqui tenho incansavelmente batalhado para manter em atividade a minha banda principal, Serpent Rise, porém as dificuldades para se fixar uma line up tem atrapalhado muito os planos para o lançamento de um segundo album.
MH- Vocês formaram-se há cerca de quinze anos, pelo meio houve bastantes alterações mas para começar conta-me um pouco de como foi o começo, que sentimentos te vêm à cabeça quando recordas esse principio?
(Agnaldo) – Exatamente, nobre amigo lusitano, já se passaram quinze anos desde que eu e meu amigo Júlio resolvemos unir nossos talentos para criar uma banda que expressasse ,musicalmente, todos os nossos sentimentos obscuros. Nós encontramos na sonoridade DOOM METAL a forma perfeita para tornar isso realidade. Eu confesso que nunca me preocupei em quanto tempo a banda iria permanecer na ativa, tanto que fazem quinze anos, mas para mim a sensação é como se eu tivesse criado a Serpent Rise a poucos dias atrás.
MH- Vocês sempre, ou pelo menos nos últimos anos, sofreram do problema das mudanças de formação, é difícil encontrar quem tenha a mesma visão que tu tens para a banda?
(Agnaldo) – Sim, a Serpent Rise desde o incio de suas atividades tem sofrido com constantes mudanças, de line up, e acho que tu conseguiu expor o principal fator para isso, ou seja, encontrar pessoas com a mesma visão, objetivos e obstinação. Eu não posso culpar todas as pessoas, que já estiveram na Serpent Rise,pela posição de esqueçimento que nos encontramos, porque fazer música pesada, no Brasil, sobreviver tocando doom metal é algo dificil, então as pessoas acabam sempre priorizando os empregos, ou estudos,familia e isso faz com que a banda sempre esteja em segundo plano. Eu tenho meu emprego normal, mas com certeza nestes quinze anos minha obstinação sempre foi a mesma e pretendo continuar procurando pessoas para me ajudarem a manter viva a Serpent Rise.
MH- Entretanto nos anos 90 lançam duas demos, ‘Anastenárides’ e ‘Travellin´Free’ até chegarem ao álbum, ‘Gathered By..Karma’ que sai em 1998 pela MegaHard Recs, como é que se deu essa oportunidade? E como viste o trabalho deles na promoção do álbum? Tiveste algum feedback da reacção dos Metalheads aos vossos lançamentos?
(Agnaldo) – É por este motivo que eu insisto em continuar as atividades , da Serpent Rise, porque mesmo prejudicada por constantes mudanças de line up a banda lançou demos, album e fez muitos shows pelo Brasil. Nós fomos “open act “ para os Anathema , aqui no Brasil, no ano de 1994 em um grande festival que reuniu uma audiencia de 13.000 pessoas naquela noite. Em 1996 gravamos o album “Gathered by... “ , mas somente após dois anos conseguimos uma editora, aqui no Brasil, para lança-lo, porém foi frustrante ver que nosso album não teve nenhuma promoção nos principais magazines ,de nosso país, e assim passou desapercebido pela cena metálica daquela época. MH- Lembro-me que quando ouvi o vosso álbum uma das influências que notei foi a de My Dying Bride. Incomoda-te o facto de as pessoas poderem comparar-vos com uma banda como eles ou achas que o facto deles serem talvez o maior nome dentro do Death/Doom, vês isso como um elogio?
(Agnaldo) – É impossivel deixar de comparar a sonoridade de qualquer banda doom metal, de nosso planeta, aos My Dying Bride, porque eles são os pioneiros desse estilo. Eu não me incomodo se algum apreciador do estilo achar semelhanças entre nossa música e a deles,mas com certeza o album ‘Gathered by...Kharma” é recheado de caracteristicas próprias, o único problema é que ele levou muito tempo para ser lançado e quando isso aconteçeu foi através de editoras que não tiveram visão e coragem para torna-lo um sucesso.
MH- Na Europa, supostamente, o álbum foi editado pela Sound Riot, pelo que me contaste houve alguns problemas com a vossa ligação a eles, queres aprofundar um pouco o que se passou?
(Agnaldo)- O que eu posso dizer é que uma moeda tem dois lados,no caso de Sound Riot (um dos lados da moeda) e Serpent Rise ( o outro lado da moeda) ambas estão erradas !!! Eles editaram nosso album,pois tinhamos um acordo, mas eles não tinham o direito de nos culpar por eles terem demorado a editar. Nós (Serpent Rise) sempre fomos profissionais e cumprimos com datas. Nós gravamos o album no ano de 1996, mas eles só editaram em 2000, não entendo porque eles espalharam, pelos zines europeus, uma nota dizendo que haviam chutado Serpent Rise, do selo, por não cumprirmos com prazos sendo que eles demoraram quatro anos para editar o CD e após editarem não nos enviaram nenhum royalty ! O que me importa, após estes anos, é que a banda continuou seguindo seu caminho, sem magoas, e prepara um novo album para breve.
MH- Após esse álbum vocês basicamente desapareceram do mapa, o que é que se passou com os Serpent Rise nessa altura?
(Agnaldo) – Nós fizemos muitos shows,para promover o album “Gathered by... “ , aqui em nossa região entre 1998 e 1999, mas no ano seguinte suspendemos as atividades devido a problemas no line up e só retornamos no ano de 2004.(Agnaldo) – Saudações à todos! Por aqui tenho incansavelmente batalhado para manter em atividade a minha banda principal, Serpent Rise, porém as dificuldades para se fixar uma line up tem atrapalhado muito os planos para o lançamento de um segundo album.
MH- Vocês formaram-se há cerca de quinze anos, pelo meio houve bastantes alterações mas para começar conta-me um pouco de como foi o começo, que sentimentos te vêm à cabeça quando recordas esse principio?
(Agnaldo) – Exatamente, nobre amigo lusitano, já se passaram quinze anos desde que eu e meu amigo Júlio resolvemos unir nossos talentos para criar uma banda que expressasse ,musicalmente, todos os nossos sentimentos obscuros. Nós encontramos na sonoridade DOOM METAL a forma perfeita para tornar isso realidade. Eu confesso que nunca me preocupei em quanto tempo a banda iria permanecer na ativa, tanto que fazem quinze anos, mas para mim a sensação é como se eu tivesse criado a Serpent Rise a poucos dias atrás.
MH- Vocês sempre, ou pelo menos nos últimos anos, sofreram do problema das mudanças de formação, é difícil encontrar quem tenha a mesma visão que tu tens para a banda?
(Agnaldo) – Sim, a Serpent Rise desde o incio de suas atividades tem sofrido com constantes mudanças, de line up, e acho que tu conseguiu expor o principal fator para isso, ou seja, encontrar pessoas com a mesma visão, objetivos e obstinação. Eu não posso culpar todas as pessoas, que já estiveram na Serpent Rise,pela posição de esqueçimento que nos encontramos, porque fazer música pesada, no Brasil, sobreviver tocando doom metal é algo dificil, então as pessoas acabam sempre priorizando os empregos, ou estudos,familia e isso faz com que a banda sempre esteja em segundo plano. Eu tenho meu emprego normal, mas com certeza nestes quinze anos minha obstinação sempre foi a mesma e pretendo continuar procurando pessoas para me ajudarem a manter viva a Serpent Rise.
MH- Entretanto nos anos 90 lançam duas demos, ‘Anastenárides’ e ‘Travellin´Free’ até chegarem ao álbum, ‘Gathered By..Karma’ que sai em 1998 pela MegaHard Recs, como é que se deu essa oportunidade? E como viste o trabalho deles na promoção do álbum? Tiveste algum feedback da reacção dos Metalheads aos vossos lançamentos?
(Agnaldo) – É por este motivo que eu insisto em continuar as atividades , da Serpent Rise, porque mesmo prejudicada por constantes mudanças de line up a banda lançou demos, album e fez muitos shows pelo Brasil. Nós fomos “open act “ para os Anathema , aqui no Brasil, no ano de 1994 em um grande festival que reuniu uma audiencia de 13.000 pessoas naquela noite. Em 1996 gravamos o album “Gathered by... “ , mas somente após dois anos conseguimos uma editora, aqui no Brasil, para lança-lo, porém foi frustrante ver que nosso album não teve nenhuma promoção nos principais magazines ,de nosso país, e assim passou desapercebido pela cena metálica daquela época. MH- Lembro-me que quando ouvi o vosso álbum uma das influências que notei foi a de My Dying Bride. Incomoda-te o facto de as pessoas poderem comparar-vos com uma banda como eles ou achas que o facto deles serem talvez o maior nome dentro do Death/Doom, vês isso como um elogio?
(Agnaldo) – É impossivel deixar de comparar a sonoridade de qualquer banda doom metal, de nosso planeta, aos My Dying Bride, porque eles são os pioneiros desse estilo. Eu não me incomodo se algum apreciador do estilo achar semelhanças entre nossa música e a deles,mas com certeza o album ‘Gathered by...Kharma” é recheado de caracteristicas próprias, o único problema é que ele levou muito tempo para ser lançado e quando isso aconteçeu foi através de editoras que não tiveram visão e coragem para torna-lo um sucesso.
MH- Na Europa, supostamente, o álbum foi editado pela Sound Riot, pelo que me contaste houve alguns problemas com a vossa ligação a eles, queres aprofundar um pouco o que se passou?
(Agnaldo)- O que eu posso dizer é que uma moeda tem dois lados,no caso de Sound Riot (um dos lados da moeda) e Serpent Rise ( o outro lado da moeda) ambas estão erradas !!! Eles editaram nosso album,pois tinhamos um acordo, mas eles não tinham o direito de nos culpar por eles terem demorado a editar. Nós (Serpent Rise) sempre fomos profissionais e cumprimos com datas. Nós gravamos o album no ano de 1996, mas eles só editaram em 2000, não entendo porque eles espalharam, pelos zines europeus, uma nota dizendo que haviam chutado Serpent Rise, do selo, por não cumprirmos com prazos sendo que eles demoraram quatro anos para editar o CD e após editarem não nos enviaram nenhum royalty ! O que me importa, após estes anos, é que a banda continuou seguindo seu caminho, sem magoas, e prepara um novo album para breve.
MH- Após esse álbum vocês basicamente desapareceram do mapa, o que é que se passou com os Serpent Rise nessa altura?
MH- Regressaram este ano aos lançamentos com o Ep ‘Euphoric Waves Of Melancholy’ que saiu pela tua editora a Doom Worshippers Production, fala-nos um pouco sobre essa edição, quantos temas tem, onde foi gravado, com que line-up, etc...
(Agnaldo) – Esse Ep foi gravado no SWP estudio, que é de propriedade do nosso ex-guitarrista, ele traz dois temas (Euphoric Waves Of Melancholy & Marduk, The King Of Babylon ) com duração de 21 minutos. A line up deste lançamento contou com Agnaldo Gomes (vocal); José Neto (Bass);Gillian Balestrin(Drums);Mauricio Silveira(Guitar) e Sávio Werlang(keyboards & Vocal). Todos os leitores poderão ouvir os temas desse ep em nosso myspace ( www.myspace.com/serpentrisedoom).
MH- A nível lírico, que assuntos abordas nas letras de Serpent Rise, factos reais ou pessoais ou apenas contos que imaginas?
MH- Tu além dos Serpent Rise tens ainda mais dois projectos musicais, Arcanum XIII e Nuctemeron, podes-nos falar um pouco sobre cada um deles?
(Agnaldo) – A banda Nuctemeron foi minha primeira experiência,como vocalista,em uma banda. Eu era muito jovem e apenas queria chocar as pessoas normais . Já Arcanum XIII surgiu,quando as atividades da Serpent Rise foram suspensas , em um momento de transição espiritual pelo qual eu passei, e que ficou registrado nas quatro faixas do demo cd-“Evolution Requires Death”(2001). Oque posso dizer é que pretendo editar um album, da Arcanum XIII, no ano de 2009. O line up resume-se apenas à mim ( Fleiruty ) nos vocais , mas contarei com session members para as gravações, porém todas as músicas serão compostas por mim.
MH- Falaste-me em terem efectuado alguns shows na vossa zona este ultimo ano. Visto que o Brasil é um país enorme, é fácil terem shows fora da vossa zona ou fica muito dispendioso? E com quem já partilhaste palcos?
(Agnaldo) – O fato de termos empregos, ou estudarmos em faculdade, nos impede de fazermos uma longa tour pelo nosso país. Nos limitamos a apresentações em nosso estado (zona) e no ano passado fizemos muitos shows. Ao longo destes quinze anos já dividimos o palco com: Anathema(UK);Dorsal Atlantica;Amen Corner;Hangar e muitas outras.
MH- Como vai o underground aí pelo Brasil? Pelo menos a nível do Heavy/Thrash conheço algumas coisas que têm vindo do vosso país, bandas como Flagellador, Violator, Denim And Leather, etc, e no Doom existem bandas novas que recomendes?
(Agnaldo) – A cena underground brasileira é muito rica em bandas talentosas e não estou me referindo só ao doom metal. Não há como citar todas aqui,pois são muitas e não me sentiria bem ao esqueçer o nome de alguma.
MH- Hoje em dia é muito mais fácil fazer chegar o som de uma banda aos fãs com a chegada da Internet com os Myspaces, Blogs e afins, como vês tu todo este mundo que é a Internet? A partilha de ficheiros entre os fãs vês como um factor negativo ou pode ter o seu lado positivo?
(Agnaldo) – Para mim, que sou da geração tape trader , que escrevia cartas, a internet foi uma otima invenção. Eu vejo positivamente estes meios criados,para divulgar músicas,pois quem realmente apreciar o meu trabalho irá obter uma cópia original e assim ajudar minha banda.
MH- Como falei anteriormente, tens uma pequena label, a Doom Worshippers Productions, que planos tens para ela? Vai servir apenas para lançar trabalhos dos Serpent Rise ou pensas no futuro lançar outras bandas que te agradem?
(Agnaldo) - A Doom Worshippers Productions editará trabalhos das bandas ao qual eu estou envolvido,ou seja, Serpent Rise & Arcanum XIII. Ela será responsavel, também, pelo agendamento de shows para Serpent Rise e tratará do licenciamento do album “Gathered by...” para qualquer parte do mundo.
MH- Com toda esta evolução na comunicação entre as pessoas pensas ainda haver lugar para este tipo de publicações, as fanzines?
(Agnaldo) – Sim, eu acho que ainda há espaço para os fanzines impressos e ,particularmente,eu acho muito mais valioso este formato !!!
MH- Que planos tens para o futuro com os Serpent Rise? Terminar o segundo álbum e que mais?
(Agnaldo) – Desde que retornamos as atividades, em 2004, o objetivo principal para Serpent Rise é compor, gravar e editar um novo álbum. As constantes trocas de line up tem atrasado muito nossos planos, o ep-“Euphoric Waves Of Melancholy” tinha como objetivo mostrar a cena o que estava por vir , colocar outra vez nosso nome em evidencia na cena underground mundial,mas nosso line up sofreu mudanças após editarmos esse ep. Nosso objetivo principal ainda é poder presentear os fãs de doom metal com um poderoso album e faremos isso mesmo com uma line up incompleta.
MH- Bem Agnaldo, foi um prazer ter-te na Metal Horde, deixa os nossos leitores com as tuas final words por agora...
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